14/06/2015

Ceviche de robalo

No lema do blog, está dito que "tudo o que se come, tem uma história" e às vezes até tem mais.

Durante a passada semana vi umas fotos(lindas)  de coisas que se comem na Cevicheria, e pensei, mais uma vez, que devo ir lá.
Mas até agora tenho tratado a coisa como trataria uma garrafa de vinho com muitos anos, essas que até serem abertas podem ser as melhores de sempre, mas... nunca se sabe.

Quando a minha filha me disse que vinha jantar comigo, pensei que podíamos lá ir, mas depois percebi que era noite de S. António e adeus que não se fala mais nisso, faço eu o ceviche em casa.
  • 1 filete de robalo
  • 1/2 cebola roxa
  • 1 colher de sopa de aipo fresco picado
  • 3 limas
  • coentros frescos
  • leite de côco
  • sal e pimenta

Na Banca da Bela havia robalos muito frescos e foi isso que escolhi. Trouxe o robalo já em filetes (obrigado Dália), quase prontos para serem petisco sério.

Chegada a hora do jantar, comecei pela cebola roxa que cortei em meias luas finas e deixei a marinar numa pitada de sal e sumo de 1 lima enquanto preparava o peixe. Tirei as (pequenas) espinhas do centro do filete e a pele. Depois, parti o peixe em cubos, temperei com sal fino e juntei à cebola. Envolvi e espremi outra lima para cima da mistura de peixe e cebola

Piquei um pedaço de aipo (depois de picado era 1 colher de sopa mal cheia) em cubos muito pequenos, piquei coentros e juntei tudo ao peixe. Para mim o aipo é fundamental.

Juntei ainda 2 colheres de sopa de leite de côco e um pouco de pimenta, pois a menina não gosta (ainda) de malaguetas, sejam de que cor forem. Antes de levar para a mesa acrescentei uma pedra de gelo, o que pode parecer estranho, mas mistura estava a pedir um pouco mais de líquido e o ácido já era suficiente. Então lembrei-me de  um vídeo em que o Gaston Acurio faz o mesmo, e juntei o tal gelo.



Levei para a mesa,  acompanhado por palitos finos de batata doce frita e foi um sucesso. Para mim levei também Tabasco Verde de que tanto gosto e ficou mesmo bem neste ceviche.
A (minha) menina ainda estranhou o gelo, mas depois de provar dedicou-se ao ceviche com alegria e eu também.

Foi assim o nosso S. António sem sardinhas nem bailarico mas com um ceviche a pedir bis, talvez na última semana dos Santos, já nas Cabanas e de novo em modo pai e filha.

nota:
com as espinhas, a cabeça e o outro filete do robalo, fiz um arroz para o nosso almoço do dia seguinte e ainda umas belas pataniscas de camarão...

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