29/06/2013

Aniversário

Também podia ter chamado a isto, S. Pedro na Osteria.
Desta vez foi almoço e reparei que a luz do dia entrando pelas várias portas ajuda a criar ainda mais ambiente. Aquilo é mesmo cozinha dos amigos e neste momento, para mim, o sítio ideal para ir em grupo (não pode ser um grupo gigante que a casa não é grande) comer, beber e conversar animadamente.
Claro que nem todos gostarão, mas qual é o restaurante de que todos gostam?
Outros, podem ter dificuldade em perceber porque gostei tanto das duas visitas, mas aquele ar assumido de tasca italiana, a comida boa e  sem vergonha de se apresentar simples, sem enfeites nem floreados, a gentileza de quem nos recebe, tudo contribui para fazer desta Osteria o sítio onde me apetece estar. Por isso quando se colocou a hipótese de um almoço de anos não tive dúvidas.

Desta vez veio também a minha mãe e o meu filho e testamos coisas diferentes - só repetimos a sobremesa.

Burrata, penne com tinta de choco, atum de coelho (tonno di coniglio),caponata e uma frittata com parmesão. Comemos tudo, e nesta segunda visita o que gostei mais foi do coelho, que é uma espécie de escabeche, servido frio com focaccia a acompanhar. Uma delícia que quero apresentar ao meu amigo Pedro  que gosta muito de coelho, gosta de escabeche,  mas odeia atum e não sei se o convenço a provar uma prato com tal nome apesar de não levar nada do dito peixe.
Obrigado a todos, em especial ao João e à Chiara que contribuiram para um belo almoço de anos.

Nesta semana fui ainda a outra tasca, esta Portuguesa e já minha conhecida. A Taberna Amorim ao pé do estádio do Belém. Comi as priomeiras sardinhas do ano e estavam bem boas. Terça feira volto lá para o polvo à lagareiro.

Vivam as tascas onde se come bem

14/06/2013

Santo António na Osteria

Não é normal para mim, ir a um restaurante pela primeira vez, bater com o nariz na porta (sort of) e dizer que me ficou a apetecer voltar.
Voltei na pior noite do ano para o fazer - 12 de junho, meia Lisboa na rua e eu (em boa companhia) a entrar pela Madragoa na esperança de jantar na Osteria.
Assim que vi a porta pensei: não está cheio, talvez ...
- Fizeram reserva?
- Não!
- São 2?
- Sim!
- Podem sentar-se aqui mas a mesa está marcada para as dez...
Isto dito com um sorriso, e porque eram ainda 8, não me pareceu mal.
Eu queria experimentar os petiscos de tasca italiana,  queria gostar da Osteria , queria sacudir a má sina dos restaurantes falhados e para isso escolhi a noite de Sto. António!!!
Posso já dizer um viva ao Santinho, pois tudo correu pelo melhor

Os empregados (João ele e João ela , como nós) foram excelentes. Simpáticos, descomplicados e eficazes. Explicaram tudo, escolheram a comida por nós e no resto do tempo deixaram-nos entregues ao que ali nos levara

O João aconselhou:

  • Vitello tonnato
  • Lasagna (diferente do costume, muito leve, vão gostar de certeza! - foi  oque ele disse)
  • Risotto de gambas
  • Gnocchi fritti com copa e mortadela


Não quisemos o risotto para não esticar demasiado a corda logo na primeira visita.

Gostei muito do vitello tonnato, leve e fresco como a noite pedia
A lasagna é realmente diferente e deliciosa. Não tem molho de toamte nem branco, tem curgetes, tomate, queijo e é muito boa. No dia seguinte armei-me em artista e fiz para o jantar. Eu e a minha filha perante a lasagna à moda da Osteria e a mini-gourmet aprovou.

Só os gnocchi fritti (uns fritos grandes e salgados que se abrem ao meio e recheiam como se de uma sanduiche se tratasse) não nos fascinaram, talvez por terem chegado quando já não tínhamos fome.
De resto, e contando com a bela sobremesa que não tinha grande aspecto (parecia uma bolacha recheada) mas era deliciosa, com o café e a grappa foi uma bela refeição.

Vamos voltar em breve pois é daqueles sítios onde me sinto bem e quero levar os meus amigos para partilhar com eles estas alegrias que vão escasseando.


A Osteria fica na Madragoa - rua das Madres 52-54



12/06/2013

Pataniscas

Pataniscas é palavra conhecida de norte a sul do país. Até no site da Câmara de Lisboa há uma receita do dito petisco.
No Norte existe versão alternativa, com muito mais bacalhau (claro!) que a pobre versão dos "mouros" mas a ideia é a mesma. Uns fritos achatados, que levam ovos. farinha e bacalhau desfiado.
Como é normal nesta era de grande divulgação gastronómica, onde cada vez menos pessoas cozinham e cada vez mais falam de gastronomia, apareceram as pataniscas alternativas, para alegria de vegetarianos e outros descontentes entre os quais não me conto.
Lembro-me de excelentes pataniscas de bacalhau e as que prefiro são as pobres, com pouco (ou nenhum) peixe, bem fritas e sem peneiras, como fazia a minha avó paterna.
Mas nada tenho a apontar às mais recentes, feitas com camarões, legumes variados, chouriço, etc e um destes dias encontrei uma receita com curgetes que me despertou a curiosidade por recordar outras coisas, nomeadamente uns sonhos de legumes que comi no Verão passado no António Padeiro em Alcobaça.

Porque li a receita na diagonal e já nem sei onde foi, avancei para a cozinha sem grandes preocupações e fiz assim:
  • 1 curgete ralada
  •  1/2 cebola roxa em meias luas
  • 1/2 cenoura ralada
  • 1 dente de alho picado
  • 1 colher de sopa de salsa picada
  • 1 colher de sopa de coentros picados
  • 1/2 colher de sopa de cebolinho picado
  • 3 colheres de sopa de farinha
  • 2 ovos
  • sal 
  • pimenta
  • óleo para fritar
Juntei a cebola e a curgete numa tigela e deitei-lhes sal. Deixei assim por 20 minutos e depois lavei e espremi bem para sair o máximo de água
De seguida adicionei o resto dps vegetais e misturei. Temperei com sal e pimenta.
Juntei os ovos e envolvi
Juntei as colheres de farinha uma a uma, envolvento sempre até começar a ligar. Não é para fazer um polme e pode não ser necessária toda a farinha
Depois é só fritar colheradas daquela massa, espalmando um pouco e fazendo alourar dos dois lados.

No António Padeiro servem os sonhos com arroz de camarão e eu servi as pataniscas com arroz de cantaril que estava muito bom

No dia seguinte voltei a fazer as pataniscas, mas como entrada acompanhadas por tzatziki e pensei ser essa a versão perfeita para qualquer Verão     




07/06/2013

Há restaurantes novos em Lisboa...

... mas têm sido desilusões, umas atrás das outras. O único que não risquei foi a Osteria, pois não cheguei a comer, mas a honestidade e simpatia deixaram-me curioso e por isso vou voltar( mas telefono antes).

Cheguei lá para almoçar na quarta-feira, estava a porta aberta e gente lá dentro, mas não serviam almoços por falta de mãos. Segundo percebi, estava lá a senhora que vai trabalhar ao almoço e deverá acontecer em breve (?) o recomeço das actividades almoçadeiras.

Gostei do sorriso e vou voltar

http://www.osteria.pt/

03/06/2013

Pais e filhos

Emily Roux prepara risotto de tutano com trufas e espargos para o pai



01/06/2013

Porque hoje é sábado

A minha filha está a estudar e por isso estamos em casa, apesar do sol que tudo inunda, aqui nesta cidade luminosa. E se nós não vamos a lado nenhum, venha qualquer coisa até aqui, uma celebração do sol ao almoço.

Fiz tzatziki


Meio pepino descascado, ralado e espremido
1 dente de alho pequeno muito bem picado
250g de iogurte grego
3 colheres de sopa de azeite
1 colher de sopa de salsa picada
sal e pimenta

Mistura-se tudo, e vai ao frigorífico para refrescar

Fiz hummus


1 chávena de grão cozido
1 dente de alho picado
1 colher de sobremesa de tahini (pasta de sésamo)
5 ou 6 colheres de sopa de azeite
sumo de meio limão
sal
tomilho ou óregãos ou ambos
água

Deita-se o grão no copo misturador, com o alho, o tahini e  o azeite.
Começa-se a bater para reduzir a puré
Junta-se o sumo de limão e nessa altura a pasta vai engrossar bastante e então deita-se água aos poucos até ter a consistência da maionese
Tempera-se com sal, as ervas e mais azeite. Se for preciso juntar mais sumo de limão. Antes de servir deitar mais algum azeite por cima e não misturar - o hummus é para  quem gosta de azeite .

Fiz salada de tomate 

tomate, cebola, sal, azeite, óregãos...

e Bifes

Grelhei dois bons bifes de vaca, que antes de irem para o calor foram untados com uma mistura de azeite, alho e sal
Enquanto os bifes grelhavam preparei o molho com:

1 colher de sopa de salsa picada
1/2 colher de sopa de cebolinho picado
1/2 colher de sopa de coentros picados
1 chalota picada
2 colheres de sopa de azeite
1 colher de chá de vinagre

Antes de servir deitei o molho sobre os bifes e torrei 2 fatias de pão  para ajudarem a comer tudo aquilo

- Pai, isto é aquela cena de grão que eu adoro?

Não sobrou nada