24/01/2014

Actualidades do comer(...)

Ando com escritos por acabar, mas não há meio.

Ele é toucinho do céu e bolo de cenoura, pelo lado dos doces e na frente salgada estão penduradas as codornizes com arroz. Coisas que tenho feito e penso que merecem referência.

Mas o que agora me fez escrever, foi o restaurante O Fialho no Casal de S. Brás - Amadora

Nos finais do ano passado, o Pedro falou-me num restaurante onde tinha ido com o irmão e que, segundo ele, era mesmo um sítio a visitar, coisa de elevado nível na escala das gulodices alentejanas.
Disse-me também que era muito complicado lá chegar e ele não fazia ideia do caminho, nem tinha a certeza do nome, por isso teria de perguntar ao irmão.
A conversa agradou-me(muito) e decidi não esperar pelas informações, e ir em busca delas.
Qualquer pessoa que não seja info-excluído, vai ao Google e escreve "restaurante alentejano casal de S. Brás" e encontra uma crónica do José Quitério sobre um tal Fialho. Depois de ler a dita, não restam dúvidas que é aquilo e por meio do GPS (no meu caso recorri ao Gonçalo, um amigo com carro e essa modernice da navegação)  chega-se lá.
Por fora não se parece com nada, mas nós não somos dados ao desânimo. Por dentro também não entusiasma a princípio, com os seus tons cremes e prata(fórmica e metal) remetendo a décadas passadas e alguma decoração esverdeada (são sportinguistas por ali), mas assim que nos cumprimentam e sentam, tudo muda.

Fui lá 3 vezes antes de me decidir à escrita, e nessas visitas provei:
  • cogumelos
  • farinheira
  • queijo de Serpa
  • manteiga da boa(fatias de toucinho)
  • bucho
  • iscas à alentejana
  • fritada de javali
  • migas com carne de porco
  • cozido de grão
  • açorda de cação
  • ensopado de borrego à pastor
  • ...
e tudo me soube muito bem.
As iscas são das melhores que alguma vez comi, o ensopado e o cozido são perfeitos na sua singeleza, e o resto vai-se provando sem arrependimento.
Estamos apalavrados para uns "Ossos de porco com feijão e nabiças" coisa de que nunca antes ouvira falar mas que me parece cheia de promessas e me põe a salivar desde já

Vão ao Fialho com calma e comam tudo o que puderem. Voltem ao Fialho e experimentem coisas novas, oiçam os conselhos e deixem-se levar por este Alentejo que está ali na Amadora.

Dados:
Rua Sebastião da Gama, N.º 1, Casal de São Brás
Amadora
214 942 899
(Fecha à terça-feira)

20/01/2014

Segue o tema polvo

Acabei por ir no sábado ao mercado comprar um polvo e depois de cozido, fiquei com a certeza daquilo que já sabia. O polvo fresco, preparado por quem sabe(não me refiro a mim, mas a quem o escolheu e depois lhe bateu forte e feio), ficou tenro, saboroso e pouco encolheu. O barato(congelado do supermercado) sai mais caro. Adiante.


O polvo bom foi à festa vestido de ceviche. Fiz assim:

Cortei o polvo em pedaços pequenos
Cortei 2 cebolas roxas em meias luas finas. Juntei sal e deixei repousar

Piquei cubos muito (5mm)pequenos: 
  • 1/2 manga  
  • 2 colheres de sopa de aipo
  • 1 colher de sopa de rábano
  • 1/2 pimento verde assado e sem pele
 Ervas picadas:
  • 1 colher de  sopa com salsa
  • 1 colher de  sopa com hortelã
  • 1 colher de  sopa com cebolinho
  • 1 colher de  sopa com coentros
 Misturei tudo e temperei com 3 colheres de sopa com azeite, 3 limas espremidas, 1 colher de sopa com tabasco verde , sal e pimenta.

Com o "outro polvo" fiz um caril, com cebola, tomate, pasta de caril e leite de coco. Deixei fervilhar um pouco para engrossar e no fim juntei sumo de lima e coentros frescos picados. Não ficou mau e foi o meu almoço de hoje, numa tigela, sobre arroz branco.

Independentemente do que se coma, esta ideia da tigela de arroz com coisas em cima agrada-me muito e tem sido recorrente no meu dia a dia.

15/01/2014

Vou fazer salada de polvo...

...para levar no domingo à festa de anos da minha prima, mas tive preguiça de ir ao mercado de Alvalade comprar os polvos limpos e bem batidos, que vendem no sítio de sempre, a Banca da Bela.

A preguiça levou-me ao P. Doce, para comprar 2 bichos congelados.

Os pobres octópodes pesavam 3 quilos enquanto congelados e pareciam granditos. Agora parecem lulas e juntos mal fazem 1Kg!!!!
Como é possível ter mais vidrado(gelo!) que polvo?

Agora não sei se me chega o polvo para a salada, mas uma coisa sei, não compro mais polvos no P. Doce


14/01/2014

Fim de semana japonês(...tipo...)

Por aqui aconteceu um fim de semana japonês, no formato pai e filha, sem sair de Lisboa.

A menina queria sushi, e eu achei que era altura de a levar a um restaurante japonês diferente desses vagos locais de sushi sem alma, que há em quase todos os bairros da cidade. Por isso resolvi que estava na hora de lhe mostrar o Bonsai no Bairro Alto.
Ela ficou encantada mal passou a porta - aliás, antes de entrar tentou identificar alguns caracteres com base nos seus incipientes conhecimentos de mandarim e eu que nada sei de qualquer das línguas fiquei a olhar como burro para palácio.Ela mirou em vão a estranha escrita,  depoissorriu, entrou alegre no restaurante e tudo correu bem.

Havia pratos do dia, registados em papelinhos afixados na tábua/placard que nos trazem para consulta, e foi daí que escolhi o carapau picado e a barriga de porco com um adocicado molho de soja que a minha filha adorou. Para ela veio um sortido de sushi que lhe abriu o apetite e por isso acabámos com mais sushi, este agora  prensado(oshi sushi) de cavala que eu nunca  tinha experimentado e  ambos gostámos muito.
A comida, junto com a decoração, a gentileza,  o ambiente calmo para quem desfruta da sua refeição conversando e admirando o que chega à mesa, tudo contribuiu para o bom momento que ali passámos...

Este belo almoço de sábado, foi antecedido por visita ao mercado do Príncipe Real, continuado numa excursão ao Martim Moniz para comprar molho de soja, mirim e vinagre de arroz, para continuar o tema num jantar caseiro mas arraçado de Japão,com bolas de arroz recheadas(onigiri) de atum picado e depois teriaki de frango com arroz branco e brocolos com sementes de sésamo.

As bolas de arroz foram temperadas com vinagre de arroz, mirim e sementes de sésamo e recheadas com atum cru picado, como se de um tártaro se tratasse, temperado com cebolinho, molho de soja, mirin e pimenta. Para ficarem bem redondas e seladas, fiz isto sobre um plastico de cozinha que depois fechei e levei ao frigorífico durante 15 minutos. Antes de servir basta tirar o plástico e servir.

Para o frango usei molho teriaki ao qual juntei um pouco mais de molho de soja para não ser tão doce. Marinei a carne nesse molho durante meia hora, e depois grelhei.

A técnica de comer usando os pauzinhos(hashi) vai evoluindo e um dia destes a menina vai fazê-lo melhor que eu ( o que não é dificil)