Por vezes penso que este blog está abandonado, mas está apenas em pausa.
Na verdade, estes dias de fim de semestre, têm sido atarefados e tendem a piorar até ao dia 16 de Fevereiro. Depois haverá uma pequena pausa e começa o segundo semestre. Com ele coisas mais sérias virão. Era a isso que a Catarina aludia, quando se cruzou comigo nas escadas da escola.
Horas antes eu estivera, com outros colegas, a ver os finalista em acção, num almoço muito especial, cujos pratos tinham nomes famosos como Bocuse, Bras, Carême etc. O almoço mais complexo feito na escola, na opinião do Chef. E eu a vê-los trabalhar com arte e afinco, os pratos saindo, cheios de detalhes, bem apresentados e despertando a vontade de provar. Foi a custo que deixei a janela por onde os via e regressei às minhas aulas, terminada a pausa do almoço.
O que a Catarina me disse, quando se cruzou comigo, foi:
- Fizemos o ultimo serviço de almoço, no próximo já serão vocês!
E referia-se a nós, que em breve passaremos de Culinary Arts 1 para Culinary Arts 2, e assim iremos de espectadores para obreiros. Aleluia!
Quanto a tempo para o blog, não está para breve, mas a causa é boa.
31/01/2018
02/01/2018
Em Janeiro o Luar
(Vimos a Lua bem cheia sobre o mar nas primeiras horas de Janeiro. Pouco mais de uma semana antes tínhamos comido este arroz que agora conto. O resto que não se conta é feito de pequenos gestos, de olhares e sorrisos irrepetíveis )
***
Amanhã recomeçam
as aulas depois das férias de Natal, uma coisa de que já mal me lembrava, mas
soube bem, até porque é uma confirmação de que sou mesmo um estudante.
Quase que me
esquecia da escola, se não fossem as mensagens dos colegas, a recordação quase
diária dos trabalhos de casa ainda por
fazer e as tarefas culinárias, remetendo-me para o muito que tenho aprendido nestes curtos meses iniciais.
Deste arranque da
minha vida de estudante, ficara apenas um (pequeno) lamento. No dia dedicado ao arroz, quando o chef referiu as
preparações que iríamos realizar, houve uma que me chamou a atenção em
particular: o arroz de hortelã tal como fazem no restaurante eborense, Luar de
Janeiro - onde nunca fui e nem sequer de nome conhecia antes, mas a pequena descrição
feita do prato e o meu amor por tudo o que seja arroz, deixaram-me expectante.
No entanto não houve tempo para o fazer nesse dia e eu fiquei com o tema
atravessado...
Durante as férias,
acordei várias vezes a pensar no assunto e um dia avancei de olhos fechados
para o dito. Aquilo que eu sabia era pouco, mas segui as pistas:
- · Refogado de alho
- · Cebola inteira
- · Molho de hortelã
Sabia que havia
um caldo knorr, mas como bom aluno do meu professor, fiz eu um caldo simples
com cenoura, cebola, alho francês, louro e barriga fumada e com o caldo pronto e um lombinho de porco temperado (alho, azeite, vinho branco e louro) e
pronto a grelhar, virei-me para o arroz imaginado.
Com dois dentes
de alho picados e uma flha de louro fiz o refogado, a que juntei depois 1 copo
bem cheio desse Carolino tão nosso querido. Depois de envolver o arroz no
refogado, deitei o caldo necessário (2 copos), a tal cebola inteira, apenas
descascada e coloquei a tampa. A meio
dos 10 minutos da praxe, abri mexi e juntei
uma mão cheia de hortelã (ramos com as folhas) e voltei a tapar.
Entretanto reservara umas folhas pequenas da hortelã, para antes de servir, poder tirar o ramo e juntar as folhas novas.
Gostei muito do
"meu" arroz de hortelã, que veio nesse dia fazer companhia ao lombinho grelhado e completar uma aula que
fora bem recheada de delicias com arroz . Agora tenho de ir a Évora provar o
outro. O verdadeiro.
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